Tecer memórias... Tecer e destecer, esse eterno movimento de ir-e-vir, a teia da vida...
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
"?"
sábado, 15 de dezembro de 2007
Palavras ao vento
sábado, 17 de novembro de 2007
Colcha de retalhos
Informações Técnicas
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
Ser curitibano é...
terça-feira, 13 de novembro de 2007
Poesia X Prosa
domingo, 11 de novembro de 2007
Ler?
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Frase de efeito
domingo, 4 de novembro de 2007
O nome da musa
Não te chamo Eva,
não te dou nome nenhum de mulher nascida,
nem de fada, nem de deusa, nem de musa, nem de sílaba, nem de terras,
nem de astros, nem de flores.
Mas te chamo a que desceu do luar para causar as marés e influir nas coisas oscilantes.
Quando vejo os enormes campos de verbena agitando as corolas,
sei que não é o vento que bole, mas tu que passas com os cabelos soltos.
Amo contemplar-te nos cardumes das medusas que vão para os mares boreais,
ou no bando das gaivotas e dos pássaros dos pólos revoando
sobre as terras geladas.
Não te chamo Eva,
não te dou nenhum nome de mulher nascida.
O teu nome deve estar nos lábios dos meninos que nasceram mudos,
nos areais movediços e silenciosos que já foram o fundo do mar,
no ar lavado que sucede as grandes borrascas,
na palavra dos anacoretas que te viram sonhando
e morreram quando despertaram,
no traço que os raios descrevem e que ninguém jamais leu.
Em todos esses movimentos há apenas sílabas do teu nome secular
que coisas primitivas escutaram e não transmitiram às gerações.
Esperemos, amigo, que searas gratuitas nasçam de novo,
e os animais da criação se reconciliem sob o mesmo arco-íris;
então ouvireis o nome da que não chamo Eva
Nem lhe dou nenhum nome de mulher nascida.
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
El pasado
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
Coisas que não entendo
domingo, 28 de outubro de 2007
Um pouco mais de literatura hoje
sábado, 27 de outubro de 2007
Por que se vendem poucos livros no Brasil?
De acordo com o professor, o fato mais relevante é o letramento deficitário da população. Somente 26% consegue compreender um texto mais longo e complexo. Os outros 74% continua vivendo apenas na cultura oral, sem saber ler ou escrever com eficiência.
E esse fato é observável nos bancos escolares na mais tenra idade. Alunos não sabem ler nem escrever. Isso porque não há uma política efetiva de incentivo à leitura no Brasil. Professores não têm o hábito da leitura e, como conseqüência, não sabem formar leitores. O aluno não lê por prazer, mas para fazer resenha, resumo, prova e preencher fichas inúteis. Pais não contam mais histórias e inserem seus filhos apenas no mundo midiático. E há ainda o fato de vivermos em uma sociedade extremamente prática, que não vê função na literatura.
É, a literatura não serve mesmo para nada.... Só transforma e liberta seres-humanos.
Crítica (by Miguel Sanches Neto)
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
Tempo que te quero tempo
Retorno
domingo, 7 de outubro de 2007
Nossos seres mitológicos
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
Para terminar bem a semana
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Pôr-do-sol
domingo, 30 de setembro de 2007
Mais um domingo - parte II
Hoje, sem sol, tempo esquisito, friozinho;
sem sorvete, mas papo domingueiro no Beto Batata;
sem encontro com o primo-comentarista ao vivo, mas na memória após ler o blog dele.
O que continua é a constatação de que ainda há muito o que fazer (acho que sempre haverá...). Sinal de vida pulsando.
domingo, 23 de setembro de 2007
Mais um domingo
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
Nos olhos, os ipês
terça-feira, 18 de setembro de 2007
O que é ensinar?
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
domingo, 16 de setembro de 2007
Educação e história
sábado, 15 de setembro de 2007
Tricolor
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
Anos após Odete Roitman
Dinamizando acervos
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
Um pouco mais de estatística hoje
terça-feira, 11 de setembro de 2007
Reforma ortográfica
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Mãos
Mas há também mãos que destróem, machucam, ferem, provocam, matam, esterilizam. Mãos que se velam por trás de luvas, se camuflam, se escondem.
Mãos, poderosas mãos que tecem a teia da vida!
domingo, 9 de setembro de 2007
A onda
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
Jogo da vida
terça-feira, 4 de setembro de 2007
O grande circo do mundo
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
Grrrr!!!!!!!!
domingo, 2 de setembro de 2007
Depois da parada, as bandeirinhas...
sábado, 1 de setembro de 2007
Páginas da vida
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
Uma vez mais o tempo
terça-feira, 28 de agosto de 2007
A bolsa amarela
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
Tardes de domingo
domingo, 26 de agosto de 2007
Um novo olhar sobre o domingo
sábado, 25 de agosto de 2007
Afetos
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Isso é coisa da mídia?
2) De onde vinham os escravos? Como era a forma de pagamento?
R: Vinham da África e eram trocados por fumo e água ardente. Isso era chamado de tráfego aéreo.
Aviões no chão, pilotos no céu e a mídia propagando palavras ao léu... Palavras essas que foram parar na cabecinha dos meus alunos.
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
Depois de um recesso...
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
Nó na garganta
Trânsito? Pedestre? Carro?
Não, uma criança...
_ Professora, olhe que linda minha borracha nova!
_ Que bonita!
(Borracha verde, normal, nada de interessante)
_ Ontem ganhei tanto dinheiro na rua que deu até pra comprar uma borracha.
_ Na rua? Como assim?
_ Pedindo no sinal. Gostou da minha borracha?
_ Adorei.
(...)
....S I L Ê N C I O....
domingo, 12 de agosto de 2007
sábado, 11 de agosto de 2007
Um sábado de transformações
Dentre as palestras e oficinas de pensadores da linguagem como Eleonora Scliar-Cabral e Angela Mari Gusso, tivemos o privilégio - e o desconforto - de ouvir Luiz Percival Leme Britto. Desconforto porque o Percival provocou, instigou, desafiou.
Falou da escrita enquanto instrumento - perigoso! - de poder, de organização social, de expansão da memória, de intervenção no espaço social. E da responsabilidade esquecida pela escola de ensinar a pensar e a refletir sobre a escrita, sobre a língua, tão marcada ideologicamente.
A escola de hoje ensina a escrita algemada ao contexto, que é automática, "irrefletida": ler o nome, placas de trânsito, panfletos e o nome do ônibus É POUCO! Esses são textos que reduzem à decodificação, textos colados ao senso comum, que não exigem reflexão, não transformam.
A educação deve centrar-se não no contexto imediato, esse é somente o ponto de partida. O cerne da aprendizagem deve ser a reflexão, a democratização da cultura e dos saberes, o novo. Transcender a cotidianidade, pensar e intervir: isso é a aprendizagem transformadora, que leva à amplitude da visão de mundo!
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
Tratando de poesia
A poem should be palpable and mute
As a globed fruit
Dumb
As old medallions to the thumb
Silent as the sleeve-worn stone
Of casement ledges where the moss has grown -
A poem should be wordless
As the flight of birds
A poem should be motionless in time
As the moon climbs
Leaving, as the moon releases
Twig by twig the night-entangled trees,
Leaving, as the moon behind the winter leaves,
Memory by memory the mind -
A poem should be motionless in time
As the moon climbs
A poem should be equal to:
Not true
For all the history of grief
An empty doorway and a maple leaf
For love
The leaning grasses and two lights above the sea -
A poem should not mean
But be.
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
Língua mutante
Lusamérica. Latim em pó
O que quer,
O que pode
Esta língua?"
Caetano Veloso, Língua. In Velô
Dicionário da Vivi
1- tatu-bola: pessoa que comete algum erro ou engano;
2- quete-quete: conversa, diálogo;
3- gica: não gostar mais de algo, rechaço, ojeriza;
4- barulho: reclamação, discussão;
5- vaca-véia: denominação dada a uma pessoa quando não se concorda com ela;
6- de varde: estar sem nada para fazer.
As demais palavras ainda estão em fase de aprendizagem...
A língua muda no tempo e no espaço, dança, brinca, palpita, enfim, vive.
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
Nós que aqui estamos...
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Cheiros e afetos
E foi essa minha relação com cheiros e livros que me fez confrontá-los aqui. Em A Morte em Veneza, obra de Thomas Mann, Gustav von Aschenbach está em crise com a vida austera que levava e decide passar as férias de verão em Veneza. Lá, apaixona-se por um adolescente, Tadzio, que é a representação perfeita da beleza e da inocência sendo, portanto, o contraponto da decomposição física de Aschenbach. Deste modo, a paixão, insuflada por imagens da mitologia grega, vai lentamente dissolvendo a racionalidade e passa a confrontar as duas personagens que representam as contradições do existir: vida e morte, carne e espírito, saúde e doença, eterno e efêmero, começo e fim, belo e grotesco. E parte importante na caracterização destas contradições é o cheiro de Veneza, cheiro esse que invade a personagem, se mescla com os sentimentos da mesma, tornando-se impossível saber se Aschenbach é influenciado pelo cheiro ou se este é apenas uma impressão do acadêmico alemão. Há a fusão da personagem e da ambientação. O leitor de Mann também torna-se capaz de sentir o cheiro pútrido de mar e lama que invade cada página. Esse cheiro representa a decadência do contexto aristocrático europeu, o fim do belo e da juventude, o definhamento de Aschenbach. É o contraponto da beleza irradiada por Tadzio e parece emanar das páginas do livro, sufocando e envolvendo não só Aschenbach, mas também o leitor, entorpecendo os sentidos e, com isso, despertando um novo olhar, provocando, instigando, formando um novo conhecimento do mundo.
Cheiros exalados de livros também afetam...
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
Uma invasão alienígena
sábado, 4 de agosto de 2007
Sexta que já é sábado...
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
Memória, leitura
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
Pessoas e livros: afetos
terça-feira, 31 de julho de 2007
segunda-feira, 30 de julho de 2007
Fatos, mente e coração
mostram, denotam, apontam,
indicam, escancaram.
A mente, com capciosa doçura, enreda, inventa,
tece e destece ao seu contentamento.
E o coração - ah, o coração -, este aguarda
com paciência e sabedoria ser ouvido.
É o equilíbrio, a revelação.
domingo, 29 de julho de 2007
Varredura
Esse termo é usado na literatura, indicando ao leitor que antes de entrar no texto do livro propriamente dito é preciso passar pela orelha, nota do editor, nota do autor, nota do tradutor, data de publicação, introdução, apresentação, enfim... A varredura é um momento de mexer, vasculhar, olhar sob diferentes ângulos, remexer nos elementos pré-textuais - sim, eles servem para alguma coisa!
Hoje acordei pensando... Deveria estender esse termo para a vida.
sábado, 28 de julho de 2007
"Miguilim" de Guimarães Rosa chega à tela em Cannes
Fiquei surpresa quando vi que meu o livro-do-coração irira ganhar uma adaptação cinematográfica. Primeiramente, fiquei ansiosa por ver a tradução do livro a uma outra linguagem. Mas, depois, refleti se realmente quero ver a adaptação realizada pela diretora Sandra Kogut, intitulada Mutum, espaço onde a história roseana se passa. Minha memória está povoada por meu Miguilim, pela cena tão viva e comovente da despedida do Dito e seu irmão, pelos Buritis e pelo Mutum que foram por mim criados a partir da narrativa tão rica do Guimarães... O livro é um engenho de fazer pensar... Daí minha dúvida em assistir ao filme. E se ele apagar minhas memórias e impressões, o meu Miguilim?
sexta-feira, 27 de julho de 2007
Um pouco de dona Cômoda hoje...
Mário Quintana
quinta-feira, 26 de julho de 2007
Leitura e memória: toda teoria é seu acessório da biografia
Quando lemos um livro, um quadro, um filme, uma peça, um musical, enfim, um texto, deparamo-nos com alguns sinais que emanam uma motivação e que nos fazem acionar a memória, criar laços com a alma, com o coração. Esse acervo de histórias que fica em nossa memória nos faz refletir sobre o que lemos. Com a leitura, colhemos conhecimentos que são armazenados na memória; assim dá-se a interpretação, assim atribui-se à memória a condição de herança valiosa, que é renovada a cada dia. E como a memória de cada indivíduo conta com determinadas lembranças, cada leitor visita um texto de um modo, descobrindo nele diferentes tesouros. É como Helena Kolody diz sabiamente em um de seus poemas: no poema e nas nuvens, cada um descobre o que deseja ver. Abrir um livro, ver um filme, ouvir uma música, apreciar um quadro, é deixar aflorar as muitas malas contendo as bagagens da vida. É acessar memórias pessoais e coletivas e renová-las. É ler com olhos-de-ver-o-mundo, buscando o novo a partir da herança viva que se traz nas veredas da memória que, segundo Jacques Le Goff, em seu livro História e memória (1996), “é um elemento essencial do que se costuma chamar identidade, individual ou coletiva, cuja busca é uma das atividades fundamentais dos indivíduos e das sociedades de hoje, na febre e na angústia”.
quarta-feira, 25 de julho de 2007
Sala de aula
_ Cadê a chave da porta? Eu abro! (A professora esqueceu, ela sempre esquece de alguma coisa!).
_ Posso organizar o calendário? Hoje sou eu o ajudante.
_ A história... É hora de você contar O pequeno príncipe, esqueceu, professora?
_ Vamos fazer tarefa? Quero usar o caderno.
_ Eu sabia isso da centopéia não ter cem pés!
_ Quem já terminou? Está vendo, professora, mais da metade da sala, pode dar mais coisas pra gente fazer.
_ E o jornal? Temos que terminar, lembra, professora? É hoje que vamos gravar? Nãããão! Ah!
_ Onde está a caixa de cartas? Tenho uma pra colocar nela.
_ Não, não escreve com letra de forma. Você disse que depois das férias só usaríamos a manuscrita.
_ Faltaram dois alunos hoje. Então, somos em 26, porque a Kalwany foi embora... (Saudades).
_ Vamos cantar? A do homenzinho torto, agora.
_ Que bom! Vai ter tarefa pra casa!
_ Nossa! Já é hora de irmos embora? Não vai dar tempo da Rosa juvenil...
E assim, termina mais um dia de gostosuras e diabruras, de gostinho-de-é-isso-que-me-encanta. Que bom que amanhã tem mais.
terça-feira, 24 de julho de 2007
Voando
segunda-feira, 23 de julho de 2007
Mais uma viagem, novas impressões
Blog?
Ou melhor, sei... Até vir uma outra fase, e a tecelã descobrir outros fios. Afinal, isso é viver: um eterno movimento de ir-e-vir, o enredar e desenredar histórias, como bem coloca Guimarães.