sexta-feira, 17 de junho de 2011

Oui?

Muitos amores
Alguns dissabores
Soma de encontros
E desencontros
O vem, o vai
O ir, o vir
C'est la vie!
Oui?

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Literatura, lugar de encontro

Ontem, numa noite fria curitibana, o calor das palavras de Bartolomeu Campos de Queirós aqueceu o coração dos presentes no Teatro Paiol.
O escritor, envolvido em seu cachecol, participou do belíssimo evento "Paiol Literário", um bate-papo acerca da literatura mediado por Rogério Pereira. Contou histórias de sua infância, falou do encantamento da literatura e dos grandes problemas que a sociedade enfrenta por não formar leitores.
Idealizador do "Manifesto por um Brasil literário", Bartolomeu vive a literatura com carinho e a tem como um lugar de encontro, como uma boa prosa com a dúvida, com a incerteza, com o encontro , com a delicadeza.
Quando questionado sobre o papel da escola na formação de leitores, com voz doce e olhar reflexivo, o autor diz que a escola foi feita para servir, a literatura para encantar. Como que contando "causos" fala do olhar do professor que imobiliza, da escola-que-é-mensurada-por-números e da necessidade do afeto, da carícia do olhar. Diz ainda que educar pressupõe deixar o outro ser dono do próprio destino e que a criança aprende para ser amada por aquele que sabe: o professor.
Portanto, enquanto a escola for medida com números e deixar o encantamento do lado de fora da sala de aula não será capaz de promover o encontro do leitor com a magia, com a liberdade, com a palavra que organiza o caos, com os silêncios do texto, com o mundo sonhado que só encontramos nas páginas de um livro.

domingo, 5 de junho de 2011

Você lembra?

Um dia, assim, de repente, abrimos os olhos um pouco diferente e descobrimos que não, o para-sempre não é mesmo para sempre.
As amizades não são para sempre.
Os amores findam.
A felicidade não é eterna.
Os bons momentos terminam.
A vida é um eterno ir-e-vir, o mundo gira-e-gira com o aval do tempo. Tudo muda, tudo passa,tudo acaba.
Mas nesse ir-e-vir, tudo também recomeça. Recebemos de presente outros amigos. Temos o coração calentado por novos amores. Nossos dias são invadidos por bons momentos que a felicidade - por vezes efêmera que só ela - traz.
E tudo que o tempo traz e leva tatua a memória. Assim, os cheiros, os sabores, os sons, as imagens, o calor da vida estão sempre a brincar de "você lembra?" com o pensamento e com o coração.