sábado, 3 de dezembro de 2011

Doces memórias doces

Sinto saudades de quem está longe. Das conversas fora de hora. De chegar e olhar para cima, procurando a luz acesa do quarto.
Sinto saudades de quem partiu. Do riso sincero e franco. De fazer cafuné.
Saudades sinto também do tempo que foi. Das tardes na praça e na quadra, embaixo de sol e chuva, das paixões inocentes que ficaram lá trás.
O cheiro do lanche, o roçar das mãos, o gosto da cana cortada pelo avô e do doce de leite, as histórias contadas e recontadas, os discos voadores perseguidos nas noites de sexta-feira. Saudades! Tudo ultrapassado velozmente pelo tempo. Tempo esse que passou mas, generoso, não apagou da lembrança as doces memórias.