sábado, 29 de janeiro de 2011

Biutiful

Cheguei ao shopping, estacionei o carro, desci a escada rolante. Não havia fila, cheguei ao balcão e pedi: "uma entrada para o Biutiful, por favor". Olho no relógio, ainda havia tempo. Subi novamente a escada, adentrei a livraria. No vai-e-vem entre as estantes, um novo livro sobre o Chico Buarque e um CD da Maria Gadú. Olho no relógio, 5 minutos para a sessão. Bom chegar assim, bem na hora, para não haver perigo da solidão sentar ao meu lado. Desci uma vez mais a escada, parei, comprei guloseimas e adentrei a sala...cheia! Escolhi um lugar mais discreto, sentei e foi assim que comecei a assistir ao meu primeiro filme sozinha. Nada de troca de olhares reprovando uma cena, risinhos de gostosura ou mãos entrelaçadas. Nada de esse-filme-do-trailler-eu-quero-assistir ou afago e beijinho. Só eu e os personagens, que sofriam no mais terrível jogo da vida. E os estranhos que se fizeram presentes de repente, quando levantaram com o filme ainda na tela, saindo da sala com cara de o que é isso...