domingo, 26 de julho de 2009

"Que horas são? São horas de ser honesto". Essa frase de Afonso Romano de Sant'Anna foi uma das tantas reflexões que trouxe na bagagem no retorno a Curitiba. Estive em Campinas, participando do COLE - Congresso de Leitura -, e voltei com as ideias borbulhando. Compartilhamos leituras, discutimos como formar leitores, despertamos nossas memórias, nos manifestamos por um Brasil literário.
Deparei-me com aquele que vive, por via das dúvidas, com um outro que diz que todo professor é um livro, com diversidades e com um encantador de palavras e seus livros de ar.
E foi com ambrosia literária que esse momento mágico de reflexões foi encerrado, embora as palavras tenham sido inscritas na alma, tal como tatuagens. E fica a certeza de que ser leitor é uma outra meneira de ser, uma outra maneira de estar no mundo. Afinal, livros e leituras são carícias de amor.

domingo, 12 de julho de 2009

Caos...

A intenção era retornar ao blog há um tempo esquecido falando de amenidades, afinal estou de férias. Mas, depois de visitar o blog do primo, impossível manter-me indiferente a mais uma palhaçada na política brasileira.
Estamos vivendo na era do caos. As convenções estão dia-a-dia sendo desconstruídas. Até aí, nada mal. A desconstrução é bem-vinda. O problema, é que nada vem sendo construído, só vejo desmoronamentos.
A família perdeu o rumo. São as crianças e jovens que dão as ordens, como se soubessem muito da vida. Faltam limites, falta ordem, falta diálogo, tudo se ganha no grito, na cara feia. A escola não sabe mais como ensinar. Depois de uma lavagem cerebral realizada nos professores, que acreditaram que tudo que era tradicional transformara-se em obsoleto e, portanto, deveria ser descartado, a educação desandou, abatumou. Some-se a isso o acúmulo de deveres: educar, ensinar, cuidar, alimentar, observar, encaminhar, informar sobre os mais variados assuntos - dengue, meningite, higiene, trânsito, drogas, meio ambiente, reciclagem... A religião, bem... ando um pouco cética sobre o assunto. O discurso continua o mesmo de muito tempo atrás, não dá conta dos problemas do hoje. Mas o que me irrita mesmo é a ganância. Entre um Pai Nosso e uma Ave Maria, vem o pedido de doações, ofertas, dízimos, dinheiro, dinheiro, dinheiro... E a saúde? O judiciário? Caos, o mais completo caos!
As instituições que estabeleciam a ordem na sociedade - família, religião, educação - estão imersas na desordem. Desta forma, o ser humano que é constituído pela razão e pelo instinto (veja Freud), está deixando o segundo aflorar de tal maneira que nada mais governa sua vida. Resultado: discussões, falta de princípios, desrespeito, falta de educação, desamor, roubos, podridão, desordem, caos.
Passamos de um extremo a outro: de cordeirinhos a lobos maus.