sábado, 17 de novembro de 2007

Colcha de retalhos

Colcha de retalhos (1995), filme de Jocelyn Moorhouse, traz como protagonista uma jovem que prepara sua tese e, ao mesmo tempo, seu casamento. Vivendo na casa da avó, a garota ouve as histórias de amor e paixão vividas por amigas da família, à medida que uma colcha de retalhos é tecida como presente de casamento. Esses sentimentos representados pelos retalhos constróem um novo olhar da protagonista, que passa a questionar a própria vida e o conhecimento que tem acerca do mundo.
São esses retalhos - pedacinhos de histórias - que tecem nossa vida. Construímos nossa grande história com pequenos contos vividos por nós e por outros. E a vida acaba sendo uma imensa colcha de retalhos - fragmentos que formam um todo. Cada retalho acrescido na colcha da vida, revela novas facetas, desperta novos sentimentos, mostra novas veredas.

Informações Técnicas
Título no Brasil: Colcha de Retalhos
Título Original: How to Make an American Quilt
País de Origem: EUA
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 116 minutos
Ano de Lançamento: 1995
Direção: Jocelyn Moorhouse

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Ser curitibano é...

No painel do hospital, li hoje pela manhã alguns estereótipos do curitibano.
Ser curitibano é:
* Enfrentar as quatro estações em um só dia;
* Ter medo de aranha marrom;
* Descer o rio Nhundiaquara e sair com as costas raladas;
* Sair com guarda-chuva em dia de sol;
* Esperar o ano todo para passar um fim de semana de chuva no litoral.
Algo em comum?????? Mera coincidência!

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Poesia X Prosa

Dias difíceis... A atmosfera da prosa de Clarice Lispector e de Virgínia Woolf invadiu o coração assim, repentinamente, sem ser convidada... Surprime, comprime, afoga, asfixia... E o coração à espera que a poesia volte a sustentar a leveza do ser...

domingo, 11 de novembro de 2007

Ler?

Abrir um livro, ver um filme, ouvir uma música, apreciar um quadro, é deixar aflorar as muitas malas contendo as bagagens da vida. É acessar memórias pessoais e coletivas e renová-las. É ler com olhos-de-ver-o-mundo, buscando o novo a partir da herança viva que se traz nas veredas da memória, é tecer as palavras liberdade, transformação e identidade – ave palavra! – com todos os seus significados, no coração e na memória. Ler é criar uma grandiosa teia de afetos que transformam o ser num contínuo e sempre novo ir-e-vir.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Frase de efeito

Na palestra da noite, em meio a uma discussão sobre alteridade, surge uma fala suave, mas forte, delicada, mas crítica: "Há gente que não pode ser professor, porque destrói sonhos. Quem não gosta de aluno, não deve ser professor".
Professor, volte a viver sonhos e deixar viver, volte a formar águias e não galinhas.

domingo, 4 de novembro de 2007

O nome da musa

Hoje estou imersa em poemas, dos mais variados. Que grande prazer!
Um para começar a semana, de Jorge de Lima, que, como um bom ser humano, não foi um, mas muitos.


O nome da Musa


Não te chamo Eva,
não te dou nome nenhum de mulher nascida,
nem de fada, nem de deusa, nem de musa, nem de sílaba, nem de terras,
nem de astros, nem de flores.
Mas te chamo a que desceu do luar para causar as marés e influir nas coisas oscilantes.
Quando vejo os enormes campos de verbena agitando as corolas,
sei que não é o vento que bole, mas tu que passas com os cabelos soltos.
Amo contemplar-te nos cardumes das medusas que vão para os mares boreais,
ou no bando das gaivotas e dos pássaros dos pólos revoando
sobre as terras geladas.
Não te chamo Eva,
não te dou nenhum nome de mulher nascida.
O teu nome deve estar nos lábios dos meninos que nasceram mudos,
nos areais movediços e silenciosos que já foram o fundo do mar,
no ar lavado que sucede as grandes borrascas,
na palavra dos anacoretas que te viram sonhando
e morreram quando despertaram,
no traço que os raios descrevem e que ninguém jamais leu.
Em todos esses movimentos há apenas sílabas do teu nome secular
que coisas primitivas escutaram e não transmitiram às gerações.
Esperemos, amigo, que searas gratuitas nasçam de novo,
e os animais da criação se reconciliem sob o mesmo arco-íris;
então ouvireis o nome da que não chamo Eva
Nem lhe dou nenhum nome de mulher nascida.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

El pasado

Trocamos o habitual café domingueiro por una película. Certo, trocamos, não, porque depois do filme não resistimos ao café. Força do hábito.
Foi assim que, domingo passado, assisti ao filme El pasado, de Hector Babenco. Filme argentino, perde um pouco o foco com o desenrolar da ação devido a alguns exageros, mas mantém um bom enredo, com argumentos interessantes. Como não podia deixar de ser (sim, sou apreciadora do cinema, mas entendo - mais ou menos - é de literatura), foi exatamente a narrativa do filme que me chamou a atenção, em especial as fotos. Simbolizam o passado, coisas que deixamos de resolver, que ignoramos, mas que retornam, sempre. Quantas dessas fotos não temos em nossa vida? Eu tenho algumas. E quero entregá-las aos seus respectivos donos para seguir em frente, sem ser surpreendida pelo passado.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Coisas que não entendo

O tempo segue seu curso, muda, transforma, mas ainda assim, há coisas que continuo não entendendo. Por que olhar a vida sob a perspectiva do "copo meio vazio"? O envelope: essa é outra coisa que sempre me atormenta. Pra mim, a frente é o verso... Aquela aba que o fecha tem cara de frente! E o que dizer da infinita discussão sobre Capitu? O que interessa se ela traiu ou não Bentinho? Ah, e o tomate ser fruta? Pode até ter características de fruta, mas na prática não o é. E no trânsito? Por que alguns babacas insistem em grudar como chicletes e achar que, com todo o movimento, todos os carros na sua frente deveriam evaporar?
Alguém se arrisca a explicar?