segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Inebriante

E a sua voz suave

envolve minha alma

que pede aos seus braços

que envolvam, docemente, o meu corpo.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Professor

Aos meus amigos professores.

É muito bom compartilhar com vocês a profissão professor. Vivemos, todos os dias, o desafio de ensinar, de formar seres humanos capazes de ver o mundo com olhos de águia. Difícil? Sim, certamente. Mas, para quem acredita no que faz, não é impossível.

Com mãos habilidosas, o professor tece todos os dias a vida em sua sala de aula. Usando fios de paciência, determinação, serenidade, ousadia, reflexão, afeto e boas broncas o difícil torna-se, por fim, possível.

Ser professor não é um dom. Está longe de ser uma inspiração divina, uma virtude ou uma dádiva dos céus. Ser professor é uma escolha, é algo que se aprende a cada dia, dentro da sala de aula, sob o olhar – nem sempre atento – dos alunos.

A você, amigo, que escolheu ser professor e tece corajosamente a teia do conhecimento, o meu afeto e a minha admiração.


quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Selos!!!

Recebi gentilmente da (Marta) esses três selos postados ao lado direito.
Boa surpresa para encerrar o dia.
Marta, obrigada pelo carinho! Guardo os prêmios com afeto!

Agora, as regras do prêmio:

1 - Falar sobre si, usando oito adjetivos.
2 - Explicar o selo.
3 - Presentear outros blogs.

Eu sou:

*teimosa
*determinada
*esquecida
*memorialista
*carinhosa
*perfeccionista
*sensível
*forte

Selo:

As cores e seus significados:
*verde: simboliza as novas amizades.
*amarelo: representa as amizades ativas.
*azul: simboliza o status - nosso e dos amigos.
*plataforma vermelha: simboliza a igualdade.

Indicações:

Blog do primo Rafa - http://www.ladica.blogspot.com/
Blog da amiga de Cascavel - http://clau-carpeomnium.blogspot.com/
E daria para a Marta, com certeza, se ela já não tivesse os selos...



sábado, 5 de setembro de 2009

I Bienal do Livro

Curitiba estava precisando desse evento há tempo. Com autores comprometidos com a leitura e com a formação de leitores, as palestras foram um importante debate sobre o tema. Regina Zilberman, Miguel Sanches Neto, Antônio Cícero, Ivan Junqueira, Carlos Heitor Cony, dentre outros, trouxeram ao público muito sobre a leitura, sob diferentes olhares, mas com a mesma paixão: a literatura. A cada fala, a viagem por diferentes mundos, a visita a (des)conhecidos personagens. Resultado: o desejo de ler mais e mais, e de convidar alunos, amigos, familiares a caminhar também por esses bosques.
No entanto, a exposição de livros não teve qualidade semelhante aos palestrantes. Nada de novo, muita literatura de massa, auto-ajuda aos borbotões, vendedores despreparados, preços nada convidativos. Verdadeiras banquinhas abarrotadas de muita inutilidade. Uma pena.
Ainda assim, parabenizo o curador Alcione Araújo e os colaboradores pela iniciativa. E fica a esperança de visitar a II, a III, a XX Bienal do livro, aqui em Curitiba.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Hoje, para encerrar a noite

(...)
_ É, professora, acho que eu gosto de ler.
_ Que bom, e do que gosta?
_ Ah, adoro ler livros assim de Direito, de Medicina...
_ Sei, mas livros técnicos?
_ É, tipo o Código Penal. Já li inteiro, algumas vezes... Não sei decor os números das leis, mas gostei muito.
_ E literatura?
_ Não, odeio! Só lembro mesmo de uma história, acho que se chama "A formiga e a neve". Lembro porque detestei esse livro. Li no colégio, a professora obrigou, sabe?
_ Sei, sei sim...

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Para o primo-leitor...


"Ler, talvez tenhamos esquecido, é nos manter no limite de um espaço perigoso, na fronteira de onde chamávamos e, ao mesmo tempo, rejeitávamos um outro parecido com aquele que hospedávamos, um outro para o qual era preciso apelar para justificar as incursões que arriscávamos nos territórios secretos que abrigávamos. Esse outro eu, essa sombra carregada, esse outro foco da elise que podemos colocar como uma hipótese necessária, ou um artifício de cálculo, quando lemos, por meio de nossas emoções ou dos proveitos de um saber, talvez estejamos apenas convocando a presença dele, aenas criando as condições de sua observação". (Jean-Louis Baudry)

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

...


Caminhando sorrateiramente

deixou os meus sonhos

e adentrou o mundo.

E esqueceu-se de dizer adeus.

domingo, 9 de agosto de 2009

Nada demais...

Hoje, nada demais...

Só o nome de uma comunidade que encontrei no orkut de um amigo...

"Afro c/ necessidades especiais": o nome politicamente correto da nega-maluca.

Moral da história: sei não, decida você!

domingo, 26 de julho de 2009

"Que horas são? São horas de ser honesto". Essa frase de Afonso Romano de Sant'Anna foi uma das tantas reflexões que trouxe na bagagem no retorno a Curitiba. Estive em Campinas, participando do COLE - Congresso de Leitura -, e voltei com as ideias borbulhando. Compartilhamos leituras, discutimos como formar leitores, despertamos nossas memórias, nos manifestamos por um Brasil literário.
Deparei-me com aquele que vive, por via das dúvidas, com um outro que diz que todo professor é um livro, com diversidades e com um encantador de palavras e seus livros de ar.
E foi com ambrosia literária que esse momento mágico de reflexões foi encerrado, embora as palavras tenham sido inscritas na alma, tal como tatuagens. E fica a certeza de que ser leitor é uma outra meneira de ser, uma outra maneira de estar no mundo. Afinal, livros e leituras são carícias de amor.

domingo, 12 de julho de 2009

Caos...

A intenção era retornar ao blog há um tempo esquecido falando de amenidades, afinal estou de férias. Mas, depois de visitar o blog do primo, impossível manter-me indiferente a mais uma palhaçada na política brasileira.
Estamos vivendo na era do caos. As convenções estão dia-a-dia sendo desconstruídas. Até aí, nada mal. A desconstrução é bem-vinda. O problema, é que nada vem sendo construído, só vejo desmoronamentos.
A família perdeu o rumo. São as crianças e jovens que dão as ordens, como se soubessem muito da vida. Faltam limites, falta ordem, falta diálogo, tudo se ganha no grito, na cara feia. A escola não sabe mais como ensinar. Depois de uma lavagem cerebral realizada nos professores, que acreditaram que tudo que era tradicional transformara-se em obsoleto e, portanto, deveria ser descartado, a educação desandou, abatumou. Some-se a isso o acúmulo de deveres: educar, ensinar, cuidar, alimentar, observar, encaminhar, informar sobre os mais variados assuntos - dengue, meningite, higiene, trânsito, drogas, meio ambiente, reciclagem... A religião, bem... ando um pouco cética sobre o assunto. O discurso continua o mesmo de muito tempo atrás, não dá conta dos problemas do hoje. Mas o que me irrita mesmo é a ganância. Entre um Pai Nosso e uma Ave Maria, vem o pedido de doações, ofertas, dízimos, dinheiro, dinheiro, dinheiro... E a saúde? O judiciário? Caos, o mais completo caos!
As instituições que estabeleciam a ordem na sociedade - família, religião, educação - estão imersas na desordem. Desta forma, o ser humano que é constituído pela razão e pelo instinto (veja Freud), está deixando o segundo aflorar de tal maneira que nada mais governa sua vida. Resultado: discussões, falta de princípios, desrespeito, falta de educação, desamor, roubos, podridão, desordem, caos.
Passamos de um extremo a outro: de cordeirinhos a lobos maus.

sábado, 11 de abril de 2009

O som do coração

O som do coração... Mais cenas para encher os olhos! A sexta à noite foi regada de filme, pipoca, conversa e cochilos. A Rita faltou, mas está perdoada pelo delicioso bolo de chocolate!
O som do coração narra a vida de August Rush, filho de um guitarrista irlandês e de uma violoncelista americana. Seus pais, ainda jovens, se conheceram de forma mágica na Washington Square, em Nova York. Devido às circunstâncias, August foi deixado num orfanato. O garotinho utiliza seu extremo talento musical para tentar re-encontrar os pais, de quem foi separado desde o nascimento.
O filme é sensível e ao mesmo tempo traz cenas tomadas de força e emoção. A trilha sonora é belíssima e a busca deste garotinho é trazida ao espectador pelas notas musicais da vida.
Fica aqui a dica para quem quer fugir da violência tão habitual dos filmes americanos.
O som do coração (August Rush)
Ano: 2007
Gênero: drama, musical
Duração: 113 min.
Diretor(es): Kirsten Sheridan
Elenco: Freddie Highmore, Keri Russell, Jonathan Rhys Meyers, Terrence Howard, Robin Williams, William Sadler, Marian Seldes, Leon G. Thomas III, Mykelti Williamson, Aaron Staton, Alex O'Loughlin, Jamia Simone Nash, Ronald Guttman, Bonnie McKee, Michael Drayer

sábado, 4 de abril de 2009

Depois da tempestade...




Depois de lampejos nada serenos iluminarem os olhos, hora de transformar toda a iquietação dos últimos dias em fio forte e resistente. Com paciência de Penélope - ou de Jó, se preferir -, é preciso usar esse fio para tecer novos caminhos, estradas que levem a descobertas significativas e a dias de calmaria. O coração precisa sair logo do mar de fúria para ver o sol, sentir a brisa e o cheiro das flores e sorrir.

segunda-feira, 30 de março de 2009

$%#¨&%&%!!!!!!!!

Ser humano, eta bicho besta, meu Deus! Quando finalmente resolve que devia ter amado mais, ter chorado mais, ter visto o sol se pôr, vem a Tereza que amava Raimundo que amava Maria (e vocês sabem o resto). Então, começa a torcida para ser a Lili (aquela que casa com aquele que não havia entrado na história, ou seja, a única que tem um e foram felizes e infelizes, misturadamente. Afinal, felizes para sempre é só nos contos que vovó contava, isso eu já aprendi!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Ler devia ser proibido


Cuidado...


pode tornar

as pessoas

perigosamente

mais

humanas!



sábado, 17 de janeiro de 2009

Banho de chuva


Caminhando pela praia, foi surpreendida pela chuva. Gota a gota, o corpo foi se entregando àquele saboroso prazer. E a mente não pôde deixar de pensar ao constatar a entrega: se, ao invés da areia da praia os pés estivessem tocando o asfalto da cidade, não haveria surpresa nem entrega. Na bolsa, há sempre uma sombrinha. Na bolsa e na vida.

Então, docemente embriagada por cada gota resplandecente e pelo cheiro de terra molhada mesclado com o aroma salgado do mar, resolve que quando os pés tocarem novamente o asfalto, guardará a sombrinha na gaveta do passado.


sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

O filho eterno

"Nada do que não foi poderia ter sido". Cristóvão Tezza repete essa frase ao longo de seu livro O filho eterno (2007), vencedor do prêmio Jabuti. Frase essa que permaneceu em forma de breve, mas insistente sussurro mesmo após o livro ter sido fechado de fato (ao menos até chegar a vontade de saborosa releitura).

Trabalhando habilmente com o tempo e com um emaranhado de sentimentos que se afloram ainda mais com a notícia de que o filho que acabara de nascer é portador da Síndrome de Down, Tezza apresenta um personagem que vive em um presente suspenso - busca conhecer o filho e a si mesmo - e recebe um presente eterno: Felipe.

A habilidade em trabalhar com o tempo - num único parágrafo, o autor produz um movimento de ir-e-vir na narrativa, o que retrata o aprendizado descontínuo e peculiar de Felipe -, o assunto abordado sem preocupações morais, a linguagem pontual, tudo isso torna o romance autobiográfico de Tezza, escritor curitibano, reconhecido em âmbito nacional e merecedor dos prêmios e críticas recebidas.