quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Memória, leitura

"O que diferencia o homem do animal é o exercício do registro da memória humana". Vygotsky
Se a literatura está hoje presente em minha vida é porque somos aquilo que vamos colhendo nos "bosques" que atravessamos. História, de acordo com meu repertório, significa a mamãe nos apresentando lindas enciclopédias para tentar sanar as dúvidas representadas pelos porquês da infância; o papai com seus livros de cabeceira e suas revistas de atualidades e a vovó embalando nossos sonhos de Sábado à noite com os contos de fadas tradicionais ou com os que sabiamente criava.
Visitei também na escola o Menino Maluquinho, uma certa fada que tinha idéias, a Isabel marcada por uma lágrima, o Zezé e o carinhoso Portuga e o Tistu com seu dedo verde. Essas visitas levaram-me a buscar e conhecer novos sendeiros como o senhor Manuel Bandeira, o inestimável Drummond, a senhora Cecília Meireles, a dona Helena Kolody, a senhora Rachel de Queiroz, dentre outros belíssimos autores.
São imagens como essas que povoam minha memória e que acesso quando falo em histórias, leituras. A memória faz parte de todos nós. É construída por fragmentos das situações que vivenciamos, dos caminhos que percorremos, das experiências que temos ao longo da vida. Portanto, a memória pode apresentar semelhanças e diferenças nos indivíduos. E é dela partindo que criamos determinados laços e estabelecemos significados dos livros com os quais nos deparamos nos sendeiros da vida.

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