Tecer memórias... Tecer e destecer, esse eterno movimento de ir-e-vir, a teia da vida...
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
Uma vez mais o tempo
terça-feira, 28 de agosto de 2007
A bolsa amarela
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
Tardes de domingo
domingo, 26 de agosto de 2007
Um novo olhar sobre o domingo
sábado, 25 de agosto de 2007
Afetos
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Isso é coisa da mídia?
2) De onde vinham os escravos? Como era a forma de pagamento?
R: Vinham da África e eram trocados por fumo e água ardente. Isso era chamado de tráfego aéreo.
Aviões no chão, pilotos no céu e a mídia propagando palavras ao léu... Palavras essas que foram parar na cabecinha dos meus alunos.
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
Depois de um recesso...
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
Nó na garganta
Trânsito? Pedestre? Carro?
Não, uma criança...
_ Professora, olhe que linda minha borracha nova!
_ Que bonita!
(Borracha verde, normal, nada de interessante)
_ Ontem ganhei tanto dinheiro na rua que deu até pra comprar uma borracha.
_ Na rua? Como assim?
_ Pedindo no sinal. Gostou da minha borracha?
_ Adorei.
(...)
....S I L Ê N C I O....
domingo, 12 de agosto de 2007
sábado, 11 de agosto de 2007
Um sábado de transformações
Dentre as palestras e oficinas de pensadores da linguagem como Eleonora Scliar-Cabral e Angela Mari Gusso, tivemos o privilégio - e o desconforto - de ouvir Luiz Percival Leme Britto. Desconforto porque o Percival provocou, instigou, desafiou.
Falou da escrita enquanto instrumento - perigoso! - de poder, de organização social, de expansão da memória, de intervenção no espaço social. E da responsabilidade esquecida pela escola de ensinar a pensar e a refletir sobre a escrita, sobre a língua, tão marcada ideologicamente.
A escola de hoje ensina a escrita algemada ao contexto, que é automática, "irrefletida": ler o nome, placas de trânsito, panfletos e o nome do ônibus É POUCO! Esses são textos que reduzem à decodificação, textos colados ao senso comum, que não exigem reflexão, não transformam.
A educação deve centrar-se não no contexto imediato, esse é somente o ponto de partida. O cerne da aprendizagem deve ser a reflexão, a democratização da cultura e dos saberes, o novo. Transcender a cotidianidade, pensar e intervir: isso é a aprendizagem transformadora, que leva à amplitude da visão de mundo!
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
Tratando de poesia
A poem should be palpable and mute
As a globed fruit
Dumb
As old medallions to the thumb
Silent as the sleeve-worn stone
Of casement ledges where the moss has grown -
A poem should be wordless
As the flight of birds
A poem should be motionless in time
As the moon climbs
Leaving, as the moon releases
Twig by twig the night-entangled trees,
Leaving, as the moon behind the winter leaves,
Memory by memory the mind -
A poem should be motionless in time
As the moon climbs
A poem should be equal to:
Not true
For all the history of grief
An empty doorway and a maple leaf
For love
The leaning grasses and two lights above the sea -
A poem should not mean
But be.
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
Língua mutante
Lusamérica. Latim em pó
O que quer,
O que pode
Esta língua?"
Caetano Veloso, Língua. In Velô
Dicionário da Vivi
1- tatu-bola: pessoa que comete algum erro ou engano;
2- quete-quete: conversa, diálogo;
3- gica: não gostar mais de algo, rechaço, ojeriza;
4- barulho: reclamação, discussão;
5- vaca-véia: denominação dada a uma pessoa quando não se concorda com ela;
6- de varde: estar sem nada para fazer.
As demais palavras ainda estão em fase de aprendizagem...
A língua muda no tempo e no espaço, dança, brinca, palpita, enfim, vive.
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
Nós que aqui estamos...
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Cheiros e afetos
E foi essa minha relação com cheiros e livros que me fez confrontá-los aqui. Em A Morte em Veneza, obra de Thomas Mann, Gustav von Aschenbach está em crise com a vida austera que levava e decide passar as férias de verão em Veneza. Lá, apaixona-se por um adolescente, Tadzio, que é a representação perfeita da beleza e da inocência sendo, portanto, o contraponto da decomposição física de Aschenbach. Deste modo, a paixão, insuflada por imagens da mitologia grega, vai lentamente dissolvendo a racionalidade e passa a confrontar as duas personagens que representam as contradições do existir: vida e morte, carne e espírito, saúde e doença, eterno e efêmero, começo e fim, belo e grotesco. E parte importante na caracterização destas contradições é o cheiro de Veneza, cheiro esse que invade a personagem, se mescla com os sentimentos da mesma, tornando-se impossível saber se Aschenbach é influenciado pelo cheiro ou se este é apenas uma impressão do acadêmico alemão. Há a fusão da personagem e da ambientação. O leitor de Mann também torna-se capaz de sentir o cheiro pútrido de mar e lama que invade cada página. Esse cheiro representa a decadência do contexto aristocrático europeu, o fim do belo e da juventude, o definhamento de Aschenbach. É o contraponto da beleza irradiada por Tadzio e parece emanar das páginas do livro, sufocando e envolvendo não só Aschenbach, mas também o leitor, entorpecendo os sentidos e, com isso, despertando um novo olhar, provocando, instigando, formando um novo conhecimento do mundo.
Cheiros exalados de livros também afetam...