Ela sentiu uma tristeza, um mal estar, uma inquietação daquelas que reviram todo o ser. Uma porta se fecha, mais uma porta. Ele, gentil e adorável como em todos os outros momentos compartilhados, lhe entrega uma flor, talvez a última. Última flor, último tchau, mas sem última risada gostosa. Porque ela fechou a porta. Sentiu que era o momento de se recolher dentro de uma conchinha, visitar o fundo do mar e, mais tarde, voltar à superfície com a alma renovada, com as idéias arrumadas cada qual no seu lugar. A bagunça de sentimentos já passou do limite do aceitável. Logo ela, que é sempre tão racional, sempre sabe muito bem o que quer. Mas talvez seja preciso perder-se para depois encontrar a si mesma. E ela partiu, dentro da concha, para o fundo do mar.
3 comentários:
sempre é preciso perder-se primeiro.
boa viagem dentro da concha.
beijos
E se ele for um bom mergulhador e souber extrair de dentro da concha, no fundo do mar, a pérola rara?
"Aquele que perder sua vida a encontrará"
Há tempos não dou as caras, hein, prima?!
Tô quase indo embora...
(mas aqui eu volto logo)
Beijo
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